Arte, ética e Política em Platão

"Nem tudo que é belo é arte"


Na época de Platão dizia que nem tudo que é belo é arte. Na sua época, arte  envolvia todas as atividades que exigissem uma determinada técnica para ser produzida. Era considerado arte a pintura, escultura, trabalho de marceneiro, entre outros.

Para Platão a visão humana é imitativa, observando que partindo desse principio seria apenas uma imitação de um outro mundo, superior ao nosso. No entanto, o filósofo, considerava essa imitação perigosa, pois segundo ele nos conduzia as emoções momentâneas,  o que traz como consequência o afastamento do mundo das ideias. 

A alma em Platão  

Platão organiza a alma humana. Para ele, a alma é o verdadeiro homem. Dotada de imortalidade, após a morte do corpo (cárcere da alma) a alma escolhe o seu destino numa outra vida conforme a verdade que possui (ou seja, o quanto de verdade ela contemplou no mundo das ideias) e migra para outro corpo (metempsicose).


Ética
    A moral platônica tem um paralelismo estrito com sua teoria da alma. Há uma correspondência ética rigorosa entre as partes da psique humana. Cada uma delas tem de estar regida de um certo modo, tem de possuir uma virtude particular. 


Política


    A moral individual tem uma tradução quase exata na teoria da constituição civil ou politéia, tal como a expõe no diálogo A República e depois, de forma atenuada, de mais fácil realização, na obra Leis. Como a alma, a cidade também pode ser considerada um todo composto de três partes, que correspondem às psíquicas. Essas partes são as três grandes classes sociais que Platão reconhece: o povo - composto de camponeses, artesãos e comerciantes -; os soldados e os filósofos. Há uma estreita relação entre essas classes e as faculdades da alma humana, e, portanto, a cada um desses grupos sociais pertence de modo eminente uma das virtudes. A virtude das classes produtoras é, naturalmente, a temperança; a dos vigilantes ou guerreiros, a coragem, e a dos filósofos, a sabedoria.