Santo Agostinho não faz referência à grandeza e proporção; Estava bastante
atento à distinção entre beleza em geral e o belo apenas clássico. Sua
teoria esboça e aprofunda a síntese de Aristóteles e Plotino, ele empregava, às
vezes, em vez da expressão suavidade, a de claridade, o que viria a se refletir
nas grandes intuições de São Tomás.
Aristóteles dizia que a beleza resultava da harmonia das partes do objeto
estético entre si e em relação ao todo, sendo que a fórmula que resumia a beleza
era a da unidade na variedade.
Plotino afirma que a beleza á uma luz que dança sobre a harmonia.
Santo Agostinho ao falar de luz, ou esplendor, parece estar mais próximo de
Plotino do que de seu mestre Platão.
O mal e o feio nas obras de
arte:
Santo Agostinho |
Agostinho partiu da fórmula aristotélica de que a beleza á unidade na
variedade. Ele diz que a variedade não deve abranger somente as parte belas de
um todo; admite a oposição dos contrários, dos contrastes mais violentos entre
partes belas e feias, partes pertencentes ao bem ou ao mal. Também acontece na
arte o mal e o feio são remidos com seus contrários.O feio entra como legítimo
no campo estético, admitido como fator de valorização do belo, e ambos aptos a
fornecer assunto para a criação da beleza.
Teoria Tomista da beleza- Tomás de Aquino é realista e objetivista, busca a essência da beleza no
objeto, seja este pertencente ao universo da arte ou da natureza, não aceita os
padrões platônicos, nem considera a medida, a proporção aristotélica, como
característica da beleza. Para ele não existe um só cânon legítimo para a
beleza. Não deixou de lado os aspectos subjetivos, a participação do sujeito na
recriação da beleza; ressalta o papel da intuição criadora e da imaginação para
a criação e a fruição da beleza
"beleza é aquele bem que é aprazível somente por ser um bem"
"para a beleza, três coisas se requerem. Primeiro, integridade ou
perfeição, porque o que não tem integridade é feio. Depois, a devida proporção,
ou harmonia. E por fim a claridade, pelo que acham-se belas as coisas que têm
cor nítida."
São Tomás encara a beleza sob um novo aspecto: não se exige limitação e medida
na grandeza do objeto estético, pois existem formas de beleza que não são
realizadas em grandes proporções.
A estética Tomista vê em certo esplendor, ou brilho, ou claridade, o
caráter essencial da beleza.