Diz Plotino
no tratado
sobre
o belo:
“o belo
é
efusivo na
visão, está
na escuta
conforme a combinação das palavras e nas músicas
de todo tipo”, mas aqui não se trata de examinar o belo da música. Plotino admite haver beleza na natureza, beleza nos corpos
humanos, nas ocupações, nas ciências, nas virtudes, em tudo o que depende da
alma. Mas o
que está presente
nos corpos que
os torna belos? O
que então emociona o olhar
dos espectadores. .
De fato, Plotino parece fazer do exame da questão a própria
subida rumo ao Uno para onde o
final do tratado
aponta. Outrossim, desde
o início insiste
na profu-são da beleza visual.
E uma série de correspondências semânticas e conceituais
entre ver e
contemplar demonstra que
a beleza visual
serve de escada para
a
conversão.